as cavidades da lua
- sombras etéreas da memória -
esvaziadas do tempo.
o corpo sem presença habita
esse espaço inerte, que se desenrola entre as moléculas caóticas
um giro planetário
um ser humano que é planta (eu quero água, sol e que conversem comigo pela manhã).
toda manhã o sol aparece
e os olhos podem ver os contornos
das mentiras perpetuadas
as ilusões do paraíso
(ah! um lamento pelas edificações sempre sempre arruinadas);
essa impermanência inevitável do rio
e a origem de todo o movimento
vem da solidão duma pedra que pesa entre o estômago e o coração.
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