A
sensação de observar a janela do trem que percorre caminhos desconhecidos já
assimilados em memórias dessas luas revoltas é como a imagem que tenho de um
corpo que talvez seja o meu correndo pela natureza aberta de nenhum lugar, a
pele debaixo do sol e o suor escorrendo pelas costas em contraste com o vento
em movimento, rindo ou chorando até o desaparecimento do corpo, que aqui
sentado perante a confusão absoluta de um instante sublima-se ao etéreo,
engole-se a si mesmo numa lágrima seca que transformou a luz, o medo, a viagem,
o tempo e a proximidade.
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