o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

uma ode ao ser vulnerável

eu tenho sonhos atravessados pela luz do sol
como folhas prismáticas de uma árvore
que profetizam a vontade do ser livre:
a vida mora no segredo entre dois corações.
arregalo os olhos para observar o pulso:
existir, existir. existir, existir.
e o corpo do poeta, então, é afeto.
algo como compartilhar nossas solidões,
porque estar só já é condição irrevogável... mas
meus dedos seguem o curso da pele,
os movimentos suaves acompanhando a música da
relva infinita;
e, isso (os portais do vínculo),
me absurda, me desespera,
eu choro muito porque a liberdade é linda,
cada instante é livre para ser esburacado pelo
segredo do contato,
cada movimento é a vida inteira de uma estrela,
tudo que acontece altera o curso de tudo
e meu coração só respira na imanência da ruína, da
oportunidade,
e minhas veias são correntezas
participando do caminho que sempre deságua
no desconhecido.
canais expostos do toque!
eu quero mais é que o cosmos seja meu amante...

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