o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

um estado transparente
destas insólitas substâncias
deste desespero um sorriso estelar
partículas pormenores de mim

um colapso transgressor
da natureza dos corpos abissais
nossas fendas abstratas
breves momentos entrelaçados

a esta presença impossível
meu estado decorado
pelo mar inundando a terra,
dentro da casa dos gestos

eu momento de nada
uma realidade atravessada
pelo espanto desfazendo tudo
que fosse eu.

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