o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

luz e sombra

meus dias misturados, meu processo tardio
a luz da lua invadindo a calçada abrindo caminhos impossíveis diante de mim
e eu ainda assustada com as sombras torneadas pelo laranja nas lâmpadas que brilham sobre os olhos
reflexo de uma realidade inventada pelos trajetos da luz
de súbito um desentendimento absoluto diante de mim meu espelho estranho da matéria morrendo,
os limites da pele entregues à dissolução abstrata.

o desespero precoce frente ao abandono de existir sobre a terra,
em completo desamparo submetida à sinceridade do caos
borboletas cruzando as linhas do espaço
como se fossem totens do apocalipse.

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