o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

sábado, 17 de dezembro de 2016

ALONE IN A RAINING ISLAND

Ouve-se a voz do silêncio.
As palavras estão engasgadas numa espiral
No reverso da ética do perdão.
Eles dizem que a realidade é relativa
Mas está chovendo na estranha ilha
Devastada pelos caules das plantas.
Os corpos estão desaparecendo
Pelas estruturas nos buracos dos vermes.

WHAT DO YOU DO WITH HATE

Uma respiração no estado dissociativo.
Essa raiva não é genuína,
Mas é legítima a visão da rosa,
Redemunhos das lágrimas pendendo pelas cabeças.
Um corpo anulado. O choque de um disparo.
Porque só o rio conhece a inundação.
O grito misógino da autoridade,
Com as mãos para segurar a vida
Do outro corpo livre.
Escape da prisão!
Antivida antifluir
Qual é o plano? Qual?
As fendas da Terra estão abertas
Sangrando as palavras desmerecidas.

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