o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

terça-feira, 16 de abril de 2013

(Via sacrifício de pedra,
cometi tontura em deitar-me ao relento de nossa cabana, derramando o corpo pelo espaço, pele adormecida, pelas mãos, joelho e sangue caminhante ao fora, feito olhos paralisados em movimento de arregalo, eternando-se, abrindo-se para dentro, onde nunca finda a cabeça, transborda, a matéria, em finura, forte.
todo ele me encarava para atravessar o mundo, tamanhas as formas, e reneguei o abandono, lábios entreabertos, quando você finalmente chegava para me ouvir, dedos entoque, totalizando coração, minha voz, sua presença confirmando vontade, em minha infinitude, pelo momento do envio, sem pedir abandono, mas permissão, fluindo, todo ser, suas orelhas, gratidão, nosso universo.
eu te amo porque posso, alegremente, em festejo choroso, pois somos ninguém, aos gritos, virtude.
um alívio, uma chance, pois que sua pele, acreditar.
sinto muito.)

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