Assim como sabem as pontas dos dedos o tempo, estes cílios de tronco, alguma força elementar, tornam cada branco uma vez só o mover da cor, empoeirado e polido, feito pés batendo em silêncio, por debaixo das raízes. Não é de regalo, nem motivo de dentes, mas com sonho errante. As pegadas, uníssonas, em caminho seguido, sempre, daquele que não para, mas faz movimento do céu e completa solidão de montanha. Nele, habitam todas as coisas vivas, e o pudor de suas costas sabe cumprir osso, pele, fibra. O som vem contido em íris, risada enrugada, nariz trabalhando com queixo, e então o rosto a serviço do vento. A cadência é manifestação da gentileza pelas pernas de homem que não desiste em desaguar.
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