o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Efêmero

Qual a condição de espremer o dia em susto?

Aconteceu daqui a pouco, neve em flor.
Como de mão nasce escama quando vento vira pedra.

Desdobra morno de morte, céu de ir-se à sorte.
Assopra viagem entre olhos baixos, escapam os dedos ao punho.

Fui amanhã, o sonho.

Com cílios em lascas de vento
E parte estática em vão
É que movimento cresce pra espasmo

A teia aparece em sigilo
Por tristeza de solidão necessária.

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