Há uma conchinha que cabe dentro pra esconder da convivência dolorida,
da existência pesada,
e ser-estorvo enquanto cheiro de rua.
A casa é por dentro de meus braços e por fora de olhos familiares ao erro. Não é de escolha que cuspi pedras, mas de coração desolado que as recolho do chão. De palavras tortas qual lágrimas secas.
O longe urge, concreto ou de mãos esguias. E o peso da trouxa no ombro vê no espelho a figura disforme do desrespeito. Descabela-se em certezas transformadas para reais, vê-se cru em espaço chuvoso. (O peso sempre soube da matéria que lhe cabe segurar).
A cabeça faz perder o resto do corpo quando descobre que o tempo não dá para o cuidado consigo, para o erguer-se em pó, no longe... Longe quando há descuido.
Perdão, mas de ser forte pela existência dos olhares que hoje tortos em gelo. Vou-me embora para poupar o rosto da ruindade (e o amor das gentes dentro dele).
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