o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

este sentido doado à matéria afetiva esticando-se por estar vivio
já foi devorado pelos rodopios do tempo, as tantas deformações inexatas
dessa entrega à mitose dos magnetismos.

não há como proteger o dia do dia, todas essas notas fictícias transgredindo
o interior dos abismos esquecidos. aos olhos de dentro não se pode velar
a fatalidade da experiência.

todos os escritores agora nas dimensões de outrora sussurram nas vozes dos
amigos corajosos e perdidos sobre as pedras do rio - nós escrevemos o nosso
medo da morte.

explorar o oceano é uma aventura infinita,
aqui se revela a realidade do invertebrado e a visão da terra encoberta pelos
bosques silenciosos.

as folhas estarão emendadas pelas teias das aranhas transparentes do esquecimento;
está profetizada a minha resposta, mesmo que eu não possa contar a verdade,
a fênix dos sonhos nos reinos dágua.

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