Quero encontrar
maneiras de escrever narrativas EM ESPIRAL.
Existe um conto
a respeito desta jornada que não pode ser escrito
Nem
de trás pra frente
Nem e frente em
diante, porque meu jardim de bétulas é um labirinto que começa já no centro de
um interior flutuante, trata-se de uma coisa que está sempre localizada entre
as medidas e que não pode ter nome,
Porque cada
curva já compreende uma nova decisão perante o confuso e a refeitura necessária
de um caminho renovado pela resiliência do tempo.
O presente é um mito de memórias
projetadas pelos grãos de terra revoltos
que se mastigam e superpõem uma
lenta espera.
Talvez se soubesse o peso de cada
espaço entre a incisiva letra e a hesitação no falho não dito
surgiria
uma vida
invisível, escondida de suas próprias dúvidas.
Talvez o dia durasse qualquer
continuidade possível entre nossosolhos.
Nesse dia transformarei dezesseis
horas em páginas em branco
Salteadas das cores por baixo da
pele desde a transparência da simultaneidade.
Trata-se do dilúvio-tinta dos pés
em contraste com o chão
restituído do deslocamento
inicial na tentativa de pisar os desníveis circulares
ou sl algo assim
Meu amor, vamos cruzar o oceano?
O oceano é infinito
como o passado recuperado pelas
estrelas e pelos nossos tecidos.
Se dentro dessas estrutura
coubesse uma imensidão que retorna
eu contaria a história de uma
mulher que não tem idade.
Agora sou como uma criança num
jardim onde habita uma sociedade de
serrrrrres fantásticos
e afirmo que a poesia também pode
ser o lar de uma história
que queira contar vozes fantasmas
e inventar o que já existe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário