o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quinta-feira, 31 de março de 2016

O único momento reservado ao
Desaguar é sempre Este,
Donde uma força se faz
Presente desde um chamado
Confessional,
Aqui eu posso rasgar a
Folha e esmiuçar a pele
Num sofrimento de tinta,
Tenho que evocar as únicas
Impossíveis palavras do dizer
Para encarar um abismo
Das esvaziadas formas,
A lentidão exacerbada
Do ar preenchendo o corpo.
Aqui se contempla a manifestação
Do nada, das zero horas
Abertas, o Centro das
Menores órbitas debaixo dos músculos.
Numa suspensão das faíscas,
O mistério do vento
Sussurra uma língua muda.
No bálsamo de folhas secas,
O caminho dos espaços porvir
Encontra sua resolução,
Aqui no branco desta pausa.
Meu rosto se desconfigura
No espelho outro deste
Refúgio secreto, morada
Dos oráculos cegos.



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