o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

basta uma hora dentro de mim mesma para honrar a eternidade no deslocamento dos pés. pode ser um instante de suspensão a um tempo particular que recupera a estranha singularidade de um pássaro num galho de árvore, pode ser um jato de água que te evidencie como corpo ou uma minhoca que suba por seus sapatos. todos os detalhes compondo um cenário instável, meu momento de aprendizado. assim é que me esqueço que língua falar, o tamanho das ruas - as distâncias deixam de ter medida para que o espaço reine, oblíquo e inevitável. os troncos sustentando a insistência da água restauram minha parada a cada vez: trata-se de uma morada resiliente, que configura os respingos por dentro da terra e permite misterioso estranhamento...



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