o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sobre os magos do tempo

To realize that you have power in your hands is to feel that you can change anything.
 
 
Os magos do tempo são aqueles que choram quando percebem o movimento das nuvens feito a realidade que pode ser compreendida como o surdo mover-se do solo em torno de si mesmo. Visto do alto, o chão se transforma no abismo preenchido das fluidas formas esbranquiçadas em texturas e reflexos de tarde, como em verdade já o é, e o céu colapsa com a ausência de horizontes em uma amplitude devastadora e inignorável. Daqui, movo-me tão depressa que tudo o mais encontra-se estático. Não há ponto de partida ou de chegada quando se está em suspensão, distante da Terra, em nenhum lugar. A distância que se está instaurando cada vez mais longa, também é, segundo por segundo, ou a cada traço desta poética, menos tempo até que estejamos perto como se aproxima o mar dos pés afundados em suas partículas de chão. Atravessei o portal de fumaça que me causou a certeza de estar entre todas as direções. Ao erguer-me, apertei um fio de seus cabelos que encontrei em mim, com as mãos e olhos cerrados, e vi a presença de seu rosto, que me abraçou, ali, naquele instante. São magos aqueles que confiam em suas mãos como armas que podem construir. Com elas, podemos alcançar ao rosto do outro desde o contínuo bombear, este fio condutor de profundezas, como o mar, senhor do infinito, mãe de nossas fragilidades, casa de todos nós.

(En realidad es dificil explicar porque te siento aqui y como sé que voy a construyer dias hasta su direccion. Yo queria hablar sobre los magicos, estes, como nosotros, que son capaces de reubicar el espacio solo con sus pasos. Mi razon es que ahora necesito mantenerme creendo en esta fuerza adentro, la misma que me hace conjurarte para que no me desespere con algo que sueña ya hecho, a punto de hacerme extrañar el futuro, pero que sabemos depender de nuestras volundades. La realidad cambia y yo escribo para observar el cambiante en estas palavras mismas mientras tornanse vivas. Escribo a vos porque me desnudo de la verguenza y puedo admitir mi miedo. Con mis manos hablando directo al respirar, a nuestro tiempo personal. Me estoy volvendo a la casa como se fuera antes; pero el devenir ya esta en el sol llendose hasta el otro lado, o descansando para que la luna sea maestra del tiempo por la noche).

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