o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Landscapes

Possibly, maybe
Love is all around
Bjork


Ao foco sentenciado
Pelas retinas em chamas
Escapa o espaço ao chão que ocupa.

(Suas imensas pernas esticadas
em direção à travessia
trafegando entre o rolar dos minérios
e o contrário das árvores).

À espera do mistério concebido
No útero daquele letreiro luminoso
Que dizia todo o resto,

Anunciou-se o encontro do
Tempo com o desembocar
No porto dos sinais:

Ali estavam todas as mensagens
Enviadas ao horizonte
Enquanto encarávamos nossa existência simultânea.

Ela era coroada, pois se
Sabia de seu destino a ser arruinado
Quando fosse impossível respirar.

A minha lucidez era tangível
Dentro da espiral em seu sopro,
Que nada parecia à imitação das outras coisas.

Todas as respostas estavam
No mar, onde moravam
Minhas penugens soltas.

Cavei uma terra fértil
Para enche-la com suas
Continuidades fora dela.

A seguir, as mãos suficientes
Para erguer um reino,
Abaixei os olhos para agradecer,

E tudo permanecia agressivo,
Vindo desde os outros
Lugares do sutil escapismo.

Eis que aparece aberto
O canal no centro do
Além -

E entrego o amor, inclusive,
Que existe deste âmago
Tanto quando o sangue existe para corar.



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