o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

sábado, 8 de outubro de 2011

Poema

O estranhamento sincero
as ruínas
acolhem o abandono
as tantas pessoas construídas em
solidão, sólida solidão
de concreto
com lírios por dentro
chorando desabafos de existência
em espaços vazios

A possibilidade de gritar
histórias das sensações
pessoas que vêm das raízes
dessas árvores quebrando o chão

Um dos extremos de ser agora pelo mundo


As memórias são pelas vísceras
na composição das casas
e das esquinas curvilíneas

Brasília deixou-se à desconstrução

As mãos é que fazem

A cronologia é simplesmente a
explosão do tempo

O grito participa do silêncio
como passarinhos que participam de
fios de telefone

As pessoas distantes estão no toque - e apenas nele.

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