o movimento do entre pelo tempo e pelo espaço, onde cada palavra é figura esburacada, e o rosto de ninguém expande ao infinito.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

seu corpo vulnerável
despido sobre a torre no centro da cidade
caminha pelo parapeito
brincando com a gravidade dos espaços
percebida a cada movimento dos pés
diante do perigo da distância entre os ossos e o chão.
as luzes ofuscando a realidade
nos movimentos fantasmas.
a isto se pode chamar vida?
qual é o nome desta iminência de perda
do estado físico do corpo?
e, percebendo-se no abismo como num espelho,
a inevitável metamorfose da matéria
explode dentro dos olhos da medusa.

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