Essa luz que me serve bem, torneando por trás de nuvens sombreadas, agride a escuridão destes traços. Pontos de luz balouçantes por sobre o ar, dentre troncos e verdências, em manifestação singela da destruição, das cinzas emotivas por cada mover. Não é assim que confesso essas sombras, não posso esquecer esses traços no céu acinzentado, de azul fosco inflamado luz reprimida, contida no pano que encobre. O desenho destes galhos relembra o retorno, de coração, o dolorido caminho dos pés, perto daquele outro que me sorri-resposta. A qualquer momento as nuvens que não posso ver, por sobre as estrelas, por trás da minha cabeça, o fogo azuleante negociará o calor.
Da forma que o fizer, não o faça, o buraco dos meus olhos segue o fim da luz por sobre o pano, por trás do ouvido, que não quero te dizer, por causa da minha dor, isso é dolorido, eu confesso a você.
Quero concretizar para o fim, com este instante, a dor nesta pele e não mais no céu, a permissão do calor, do rastro que o fogo toma por dentro dos seres quietos. Escolhe ser frio, azuleante em morte daquele que se deteriora nessas vozes familiares, cai pelas pedras e desmaia, nunca mais.
Os detalhes de cada entre, em sua singularidade explosiva, não cabem ao infinito olhar.
luz escuro alto grave leve dor
ResponderExcluirnossa... quanta intensidade nestas palavras.
ResponderExcluirdentro, nosso tempo
de que só vislumbra-o
o instante oculto
atrás dos olhos meus
sobre tuas dores
- abertura do amor.