9 de janeiro de 2017
bahia 4
útero ou abismo?
a redenção do corpo abandonado à inevitabilidade de sua presença.
foi numa imersão pelos reinos profundos, onde os membros flutuavam pelo espaço líquido, suspensos, e o profundo azul dos arcos terrosos esvaziavam da pele a mente, feito uma voz silenciada diante do abismo.
lançado, o corpo sem peso, como se fosse uma miragem da lua, plainava sobre as fossas abismais, entradas da terra, e o tempo, então, inexistente, restava à observação daquele instante sublimado.
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